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Operação, Logística e Estoque

9 pontos importantes para abrir um e-commerce

By 15/08/2022julho 28th, 20234 Comments

No atual cenário econômico, abrir um e-commerce é uma excelente alternativa. 

Afinal, trata-se de um modelo de negócio com custos menores para quem precisa escalar suas vendas, em razão de sua ampla capacidade de alcançar outros tipos de público.

Tanto é que cresce o número de empresas que, mesmo tendo pontos físicos com bons resultados, resolvem investir no e-commerce para expandir as suas operações.

Ter um plataforma omnichannel hoje deixou de ser tendência para se transformar em pendência, uma vez que o consumidor trafega por vários canais. 

Para as empresas, o principal é atender à conveniência do seu público, deixando que ele escolha como e onde irá se relacionar com sua marca.

O cenário é promissor para o comércio eletrônico, mas abrir um e-commerce exige atenção.

Antes de fazer seus planos, é preciso entender muito bem como funcionam o mundo digital em geral e o mercado das lojas virtuais em particular, porque esse é um negócio que vai muito além de um site para vender seus produtos ou serviços.

Abaixo, confira 9 pontos importantes e que precisam ser muito bem avaliados na hora de abrir um e-commerce!

1 — Plano de negócio

É preciso estudar o seu nicho de mercado, verificar concorrência, fazer o SWOT (identificar pontos fracos e fortes, oportunidades e ameaças), estruturar o negócio e planejar investimentos e rendimentos.

Essa costuma ser a fase mais cansativa e angustiante de qualquer empreendimento, exigindo conhecimentos em administração e muita disciplina.

Se você já tem um negócio físico e ainda não abriu o seu e-commerce, é importante entender como fazer todos os canais trabalharem juntos.

Algumas dicas para um plano de negócio para omnichannel realmente funcional são:

— Criar um cronograma, no qual devem estar incluídas datas importantes do comércio virtual (Black Friday, Natal etc.) e estabelecer as metas a serem atingidas, mensal, trimestralmente e assim por diante;

— Fazer um planejamento financeiro que inclua o fluxo de caixa, investimentos a serem feitos, custos operacionais e demais despesas fixas do negócio;

— Montar um banco de dados com informações estratégicas de clientes e potenciais clientes;

— Desenvolver um programa de controle de qualidade da produção dos produtos (no caso de a sua empresa ser responsável por essa parte);

— Planejar o marketing digital, incluindo aqui ferramentas pagas, gratuitas e a contratação de parceiros para cuidar das campanhas;

— Mapear os principais eventos do setor e escolher quais serão úteis, para a empresa marcar presença;

— Elaborar um plano de metas anual, tendo como base os resultados do ano anterior.

 

 

2 — Ambiente digital

Parece redundante, mas não é. O e-commerce é uma parte importante do ecossistema digital e produz muitas das inovações — em pagamentos, segurança, logística e operação — que vemos espalhadas em outros lugares.

Além de sistemas, servidores, computação em nuvem, administração e comunicação, o e-commerce exige que as lojas entendam também de comunicação, mídias sociais, leis e questões de privacidade e segurança — tudo em mudança constante, exigindo colaboração, inovação e criatividade.

O comportamento do consumidor também muda de maneira cada vez mais rápida, o que demanda uma estratégia que permita acompanhar e entender o quanto isso influência os seus resultados.

3 — Plataforma

Nenhuma loja existe sem uma plataforma. Essa é a ferramenta central para mostrar ao mundo o seu plano de negócios, seus produtos e seu caráter.

Com ela, você consegue aparecer no Google, fazer promoções, colocar o seu negócio no ar, etc.

Estude as suas necessidades e seu plano de crescimento, verificando se a ferramenta eleita acompanhará suas ambições e objetivos. Também é ideal checar as integrações com plataformas de pagamento, a segurança da informação e a linguagem utilizada.

Entender um pouco de como funcionam sistemas e internet ajuda muito a essa altura, embora não seja um pré-requisito para o sucesso. 

Há uma gama de funcionalidades que devem estar presentes em uma plataforma de alta performance, como: 

– um bom carrinho de compras; 

– fechamento de pedidos simples e intuitivo, para garantir conversões;

–  criação e manutenção de produtos; 

– alimentação simples de informações sobre eles; 

– recursos para criação de promoções e landing pages.

4 — Sistemas de operação

O back-office, ou ERP, é o sistema que vai ajudar seu e-commerce a realizar as operações do dia a dia. Do faturamento à contabilidade, emissão de notas fiscais e recolhimento de tributos, são esses os sistemas que garantem a existência do e-commerce.

A administração desse negócio é uma operação complexa, que exige inteligência, coleta de dados e análise de relatórios — e as bases para o sucesso são criadas quando as lojas já têm um processo bem desenhado, passível de mudança e aberto à opinião dos colaboradores.

A automatização traz grande ganho para um e-commerce, como no caso dos chatbots e demais recursos tecnológicos, usados com o intuito de otimizar as operações e diminuir o tempo da realização de cada atividade, tudo isso com uma redução de custos considerável em muitos casos.

Fique atento: ao escolher a sua plataforma de e-commerce, verifique se ela permite a integração com os ERPs, porque isso vai facilitar a gestão da operação!

5 — Operação e logística

Ter ou não ter um centro de distribuição? Quem fará a entrega: transportadora, correios, ambos? Como funcionará o seu atendimento ao cliente? Quais são seus diferenciais? Como seus produtos serão embalados?

A operação do e-commerce tem fluxos diversos e interconectados que devem ser desenhados, desde o início, para atender muito bem o seu cliente. 

Oferecer uma boa experiência de entrega é um fator de alto impacto no seu negócio e, muitas vezes, uma premissa que ajuda a fidelizar os consumidores, afinal, gera confiança.

Junto a isso, um bom gerenciamento de estoque ajuda a qualificar o processo e evitar possíveis erros de logística.

É importante definir com qual tipo de estoque o seu negócio vai trabalhar e, se tiver mais de um deles, delimitar uma estratégia de gerenciamento específica para cada um.

Os quatro tipos de estoque mais comuns no e-commerce são:

– compartilhados (ideal para quem tem loja física e e-commerce);

– próprio;

– terceirizado (armazenado em outros locais);

–  e descentralizado (dividido por regiões).

Outra modalidade bem comum e que não exige a criação de um estoque é o dropshipping. Nesse formato, a venda é realizada pela sua loja virtual, mas a entrega é feita pelas empresas parceiras, as quais endereçam o produto com o seu nome e fazem toda a logística de envio para o cliente.

É um modelo que pode ser aplicado em e-commerces de qualquer porte e se destaca pelo baixo custo envolvido e pela ampla capacidade de aumentar o portfólio de produtos oferecidos.

6 — Pagamentos

Integração com meios de pagamento, uso de camadas de segurança e não arquivamento de informações financeiras dos clientes são alguns dos detalhes no quesito pagamento.

O mercado tem diversas boas soluções, que, em geral, se integram sem problema às melhores plataformas de e-commerce.

Há uma questão administrativa também: cada forma de pagamento (boleto, cartão de crédito, depósitos etc.) tem um impacto no fluxo de caixa, devido aos diferentes prazos e taxas de serviço. A recomendação é oferecer o máximo que puder.

7 — Controle de fraude

O e-commerce é o maior alvo dos fraudadores. O chargeback (não pagamento de produtos já entregues a clientes) é fonte permanente de preocupação e pode inviabilizar o seu negócio.

Como nenhuma empresa quer entrar para o clube dos “negócios que fecham em 1 ano”, é bom contratar serviço de análise de risco e prevenção de fraudes.

Assim, é possível analisar os comportamentos e criar processos que evitem fraudes e chargeback, aproximando-se, dessa forma, do time dos grandes players do mercado.

8 — Marketing

No comércio eletrônico, há necessidades diversas no marketing:

– atrair tráfego para sua página e gerar vendas; 

– buscar permanentemente aumentar a taxa de conversão e o valor do ticket médio; 

– engajar o cliente e promover o seu retorno são aspectos fundamentais,  por conta do alto preço para adquirir tráfego.

Enfim, você precisa cuidar da marca, conhecer bem seus clientes, manter campanhas e acompanhar o calendário de datas do varejo. 

Veja alguns pontos que precisam estar presentes em um planejamento de marketing para quem planeja abrir um e-commerce:

Criar uma persona

Definir o público-alvo é essencial, mesmo que o seu e-commerce trabalhe com vários nichos. É possível, por exemplo, criar mais de uma persona e fazer campanhas específicas para cada uma delas.

O que não pode ser deixado de lado é o estudo do comportamento do consumidor, para entender quais são as preferências dele, onde ele se encontra e qual a forma de comunicação mais efetiva com essa persona.

Mapear os concorrentes

Fazer mapeamento do seu concorrente é importante para entender de que forma estão interagindo com o público e quais ações deles podem ser objeções para o seu negócio.

Ter noção de como o mercado se movimenta é obter mais recursos para criar um posicionamento favorável e encontrar meios de criar ações que tragam vantagem competitiva.

Trabalhar o SEO no seu site

O tráfego orgânico é uma importante fonte para gerar mais vendas. Por mais que seja uma estratégia de curto/longo prazo, todo esforço vale a pena pela recorrência de visitantes que pode acontecer por meio de ações de SEO bem elaboradas.

É recomendável contar com ajuda especializada de uma agência, a fim de encurtar esse caminho, já que as experiências evitam possíveis erros e, dessa forma, consegue-se ir mais rapidamente ao alcance dos objetivos definidos.

Aproveitar a força das redes sociais

As redes sociais são ótimas para um e-commerce interagir com os clientes e também para ser um canal de vendas e atendimento.

Sabendo mesclar bem a realização de cada um desses propósitos, o seu e-commerce tem muito a ganhar. 

Por exemplo, muitas vezes, é necessário utilizar uma linguagem mais informal nos posts, a fim de se aproximar do público. Já nas respostas aos clientes, especialmente pelo chat, é importante ser mais formal.

A compreensão de como agir em cada situação é fundamental, e dominar isso fará com que a sua empresa usufrua melhor dos benefícios das redes sociais.

Investir no tráfego pago

Para abrir um e-commerce e se destacar, é preciso se tornar conhecido, o que exige, entre outras coisas, investir em tráfego pago. Seja em redes sociais ou em mecanismos de buscas, a criação de campanhas ajuda a trazer visitantes e, mais do que isso, atrai pessoas com grandes chances de comprar os seus produtos.

Aqui entra novamente a necessidade de segmentar o processo e definir o público-alvo, item de muita importância para escolher as melhores palavras-chave e, com isso, encontrar os caminhos mais adequados para atrair o público desejado.

Usar o e-mail marketing

O e-mail marketing representa uma estratégia muito válida para ir além da “venda única”. 

Contentar-se em vender apenas uma vez para o cliente é um erro muito comum. É claro que é importante buscar clientes novos, mas fidelizar o antigo é mais barato e garante a criação de uma carteira sólida, fator que contribuirá para a saúde financeira do negócio a longo prazo.

9 — Legislação e tributos

O e-commerce está sujeito ao Código de Defesa de Consumidor, precisa atender à legislação específica do ICMS, à LGPD e às diversas outras exigências legais.

Esse conhecimento, embora público, exige muito planejamento, para que a empresa consiga cumprir as suas obrigações e manter a saúde financeira.

Algumas medidas simples ajudam a evitar problemas jurídicos. Uma delas é criar um programa de trocas e devoluções transparentes. 

Também é importante responder aos clientes de forma rápida, evitando, assim, passar a impressão de que a empresa é desorganizada ou não se importa com a demanda dele.

A descrição dos produtos é outro elemento importante — quanto mais clara for, melhor, já que a transparência ajuda a evitar problemas como comprar por engano ou adquirir um item que não será de grande valia para o consumidor.

Com essas dicas, fica mais fácil saber o que é preciso para abrir um e-commerce e realizar os primeiros passos de forma segura e eficiente.

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Artigo originalmente publicado no Blog Ecommerce Brasil.

 

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